Um breve histórico da Psicomotricidade Relacional
A Psicomotricidade Relacional, criada há mais de 40 anos pelo professor André Lapierre, eminente educador francês de renome internacional, destaca-se como uma ferramenta essencial ao processo de desenvolvimento cognitivo psicomotor e sócio-emocional do ser humano.
Define-se como uma prática que permite a criança, o jovem e o adulto expressar suas dificuldades relacionais, tomando consciência e aprendendo a superá-las. Não possui objetivos pedagógicos diretos, mas interfere de forma clara sobre as dificuldades de adaptação sócio-ambiental, na medida em que estas estão diretamente relacionadas com os fatores psicoafetivos relacionais. Constituindo-se, assim, num caminho para o autoconhecimento e o conhecimento do outro.
O método da Psicomotricidade Relacional centra-se essencialmente sobre a relação, isto é sobre a observação e analise do que se passa quando a pessoa entra em comunicação com outra pessoa. Visa o desenvolvimento do SER e a elevação da qualidade de vida.
A Psicomotricidade Relacional tomou força na Itália com a abertura da primeira Escola Trienal de Especialização em Psicomotricidade Relacional, sob a direção científica do professor André Lapierre, seu criador, e que possibilitou a sua integração a ANUPI —Associação Nacional Unificada de Psicomotricidade da Itália — que integra diversas escolas de especialização, sob a autorização e supervisão dos órgãos governamentais.
Hoje está presente em várias partes do mundo. Desde 1988, este método de trabalho, tomou um impulso significativo no Brasil, através da atuação do Educador e Analista corporal da Relação, José Leopoldo Vieira, diretor do Centro Internacional de Análise Relacional - CIAR, sediado em Curitiba.
José Leopoldo Vieira e Maria Isabel Bellaguarda Batista, diretores do CIAR no Brasil, vêm contribuindo decisivamente para expansão da prática da pisicomotricidade relacional, através da oferta de cursos de especialização Latto Sensu. A primeira turma data de 1997 sob a orientação pedagógica do Professor André Lapierre e a supervisão científica de Anne Lapierre. O CIAR já formou 25 turmas de psicomotricistas relacionais e, atualmente, há 8 em andamento.
Neste processo, a Psicomotricidade Relacional foi se fazendo presente na sociedade e o investimento no aprofundamento de estudos e práticas da comunicação psicotônica-afetiva vem destacando este método como uma ferramenta essencial ao processo de desenvolvimento global do ser humano. A atuação do profissional nesta área cresce consideravelmente nos diversos sistemas de educação, saúde, integração social, reabilitação, sistemas empresariais, entre outros. Ressalta-se que o sucesso desta metodologia em escolas públicas e particulares em Fortaleza, Curitiba, Porto Alegre, Belém, Recife, entre outras cidades brasileiras, culminou na implantação, através da Lei No. 12205 de 03 de maio de 2007, no currículo de escolas públicas de Curitiba a prática da Psicomotricidade Relacional.
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